É com imensa alegria que hoje eu vou publicar a primeira entrevista do Blog, e começo com uma escritora que eu amei que é Ana Paula Bergamasco, autora de Apátrida. Ana Paula é advogada, professora no Instituto Internacional de Ciências Sociais e escritora. Cursou Direito na Faculdade de Direito da USP. É mestrada em Direito na USP. Recebeu menção honrosa pela USP em Direito Internacional. É Casada, e mãe de duas meninas.
Ana este é o seu primeiro livro, certo? De onde veio a idéia de escrever Apátrida?
Apátrida nasceu de um estudo na área de direito internacional, na Faculdade de Direito, sobre direitos humanos, onde tive meus primeiros contatos, sob o ponto de vista técnico do assunto. Alguns anos após, surgiu de uma conversa a possibilidade de transmutar a linguagem técnica para a comum, sob o pano de fundo de um romance.
Você se inspirou em algum outro livro ou escritor?
Não. Apátrida é um romance que eu criei com os meus sentimentos. Até tentei, inicialmente, ser descritiva, como por exemplo, Tolstói o faz. Mas não é assim que eu escrevo e fui vencida pela minha total incapacidade de adquirir um estilo que não é o meu. Escrevi Apátrida como redijo uma petição, com as devidas ressalvas de que uma é dirigida ao juiz e é verdadeira e a outra é ficção.
Quanto tempo levou para escrevê-lo? (desde a pesquisa até a obra estar completa)
Quatro longos anos. E desisti muitas vezes e retomei. Foi cansativo mas valeu a pena.
Você chegou a viajar para alguns dos lugares que você descreveu no livro? (Polônia, Alemanha...)
Não, por isto foi duplamente penoso. Para descrever Lublin assisti pelo menos uns quinze filmes locais, além de navegar pelo site oficial da cidade e utilizar-me da benção que é a ferramenta do satélite do Google, rs. Desta forma com os demais locais. Ressalvas apenas para Nova York e seus museus e avenidas, que eu conheço.
Quais foram as dificuldades que você encontrou na escrita do livro?
Poderia lhe fazer uma longa lista: tempo (só escrevia e pesquisava de madrugada, entre meia noite e três da manhã), impossibilidade de visita aos locais, pesquisa histórica sem viés político ou partidário, selecionar material confiável, e, o que é mais difícil, elaborar o enredo.
E para publicá-lo, foi muito difícil?
O livro foi finalista no Prêmio Sesc de 2009, com resultado em abril de 2010. Mas as editoras me pediram um tempo imenso para análise. Muitas ainda nem me deram resposta. E começar por um grande selo é praticamente impossível. Fiz uma parceria e publiquei. Quem sabe, sendo bem aceito pelo público, eu não consiga uma segunda edição por um deles?
Eu achei muito interessante a forma como o livro vai intercalando duas épocas diferentes da vida de Irena, você já escreveu ele inicialmente dessa maneira ou colocou as idéias assim depois do livro pronto?
Ressalvado o prólogo, que eu mudei, Apátrida foi escrito exatamente assim. Eu pensava no curso que daria ao enredo e escrevia o futuro depois o passado.
Acredito que todos que leram seu livro desejam que você continue escrevendo, você tem algum novo projeto em mente?
Ótimo, pelo menos terei alguns leitores para o meu próximo livro, rs. Sim, estou, a duras custas, escrevendo um romance sobre a Força Expedicionária Brasileira. É um pouco diferente de Apátrida, mais leve, não menos denso, em que procuro refletir sobre a pluralidade da mente humana, seus vícios e virtudes.
Gostaria de deixar algum recado para as pessoas que leram ou que ainda vão ler seu livro?
Aos que leram, gostariam que me falassem um pouco sobre o que sentiram. Meu email é livroapatrida@hotmail.com. Eu respondo a todos, rs. Já aos que quiserem ler, seria interessante que primeiro lessem resenhas e se identificassem com o conteúdo. Um leitor motivado é muito mais acessível à linguagem e ao enredo do que aquele que não se identifica com a obra.
Agradeço o espaço e a entrevista. Um feliz 2011 a todos.
Aos que leram, gostariam que me falassem um pouco sobre o que sentiram. Meu email é livroapatrida@hotmail.com. Eu respondo a todos, rs. Já aos que quiserem ler, seria interessante que primeiro lessem resenhas e se identificassem com o conteúdo. Um leitor motivado é muito mais acessível à linguagem e ao enredo do que aquele que não se identifica com a obra.
Agradeço o espaço e a entrevista. Um feliz 2011 a todos.
Muito Obrigada Ana, espero que o livro tenha o sucesso que merece. E que venha o próximo! Já estou ansiosa.
Gostaram? Eu amei, que bom que ela não desistiu do livro né gente? Pra quem não leu ainda, eu insisto, LEIAM!
Oi Adriana!
ResponderExcluirÉ um prazer conhecer seu blog e me deparar com esta entrevista maravilhosa da autora estreante Ana Paula, eu li Apátrida e foi o melhor livro nacional que li em 2010, ela escreveu tão maravilhosamente que nos faltam palavras para descrever. Amei *-*
Boas leituras!
Thaís :-D
Olá Adriana, gostei imensamente do seu blog e da entrevista com a Ana, que é minha grande amiga.
ResponderExcluirParabéns pelo seu trabalho.
Beijos
Eliane (Leituras de Eliane)
Obrigada!
ResponderExcluirOlá Adriana !!!
ResponderExcluirAdorei o seu blog, e estou ansiosa para ler Apátrida !!
Tenha um ótimo 2011 !!
Um grande abraço !!!!
Silvia Pedrosa
Oi adriana, parabéns pelo seu blog! Amei Apátrida, está entre os melhores que já li!! Um abraço geny
ResponderExcluirObrigada Geny, Apátrida é realmente o maximo né?
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